Com a saída de 1,4 milhão de pessoas dos planos de saúde, empresários enxergam uma clínica popular como uma boa oportunidade de negócios.
Nesse sentido, os estabelecimentos que oferecem serviços mais baratos e diversas especialidades médicas estão se consolidando no mercado. O preço das consultas varia entre R$ 80 e R$ 200.
Uma Clínica Popular é boa opção?
Desde que a empresária Litiane Vasconcelos, sócia da franquia da rede DoctorMed, resolveu apostar no modelo viu seu negócio crescer.
O espaço na Boa Vista, Centro do Recife, em abril de 2016, conta com 24 especialidades, 32 médicos e média de mil atendimentos por mês.
Imediatamente, o investimento foi de R$ 1 milhão. “Desde que abrimos, estamos em crescimento. Um dos motivos para apostar no segmento é a saída dos usuários de plano de saúde e a situação crítica do SUS”, afirma.
Serviço de saúde em colapso leva pacientes às clinicas populares
Frequentemente, os consultórios recebem pessoas desacreditadas no serviço público de saúde.
Por exemplo, a aposentada Josefa Cândida, 65 anos: “Tenho problemas no ouvido e, no posto, demora para fazer o exame. Resolvi pagar porque é mais rápido”, comenta.
Preços acessíveis e serviço de qualidade
A assistente administrativa Erika Mesquita, 25, optou pela clínica popular por causa do preço.
“Não posso ter plano para tratamento dermatológico. Em consultórios particulares, a consulta sai por R$ 200. Na clínica popular, é R$ 80”, relata.
Ou seja, as consultas são mais baratas porque os médicos não têm custos com espaço ou propaganda, e recebem até 70% do valor da consulta.
Como está o mercado de clínica popular?
Ao mesmo tempo que muitos encaram como oportunidade, outros não veem o momento com otimismo pela alta concorrência e legislações específicas.
“Criei grande expectativa, mas o povo está sem dinheiro. Anteriormente, as pessoas faziam prevenção. Hoje, já chegam doentes”, afirma Sheila Meireles.
Expectativas para o futuro das clínicas populares
Enquanto o futuro gera incertezas, os órgãos responsáveis acreditam no modelo.
“Há aumento de clínicas populares até em bairros de classe média. O preço mais em conta não significa serviço ruim”, diz o presidente do CRM do Recife, André Dubeux.
Fonte: Jornal do Comércio Online | MarketMed